domingo, 16 de agosto de 2009

domingo

os cantos úmidos esquecidos pela luz
e quando ela caia no sono
eu abotoava meu sobretudo e amarrava meus sapatos
sentado esboçava na janela embaçada
o seu braço caído sob a cama

e sempre que me dizia adeus
subitamente acordada pelo leve ranger da porta
um breve sorriso involuntário fazia-se perceber
em algum lugar, em Denver ou El Paso
morria um homem a cada segundo
daquele sorriso.